Durante muito tempo, a masturbação foi cercada por tabus, culpa e silêncio — especialmente para as mulheres. Mas os tempos mudaram, e o prazer tem, cada vez mais, ocupado o espaço que merece: o da saúde, da autoestima e do autoconhecimento.
Se tocar é um gesto íntimo e pessoal. E mais do que uma simples descarga de prazer, pode ser um verdadeiro ritual de conexão com o corpo e com as emoções. A masturbação com intenção — feita de forma consciente, sem pressa e sem culpa — é uma prática de autocuidado que vai além do físico. Ela te ensina a ouvir seu corpo, a reconhecer o que te excita e a celebrar seu prazer sem julgamentos.
Na correria do dia a dia, muitas pessoas acabam vivendo o sexo (inclusive o solo) no piloto automático. Mas imagine transformar esse momento em um encontro com você mesma(o), como quem prepara um banho relaxante depois de um dia cansativo.
Comece escolhendo um espaço tranquilo, onde você se sinta segura(o) e à vontade. Acenda uma vela aromática, coloque uma música suave, experimente texturas, aromas e temperaturas com lubrificantes sensoriais, óleos ou géis excitantes. Use acessórios que despertem sua curiosidade: vibradores, plugs, massageadores, sugadores… O que combina com seu momento?
O objetivo não é chegar ao orgasmo o mais rápido possível, e sim explorar o caminho até ele com presença, curiosidade e afeto.
A masturbação consciente tem impactos que vão muito além da cama. Ela melhora a relação com o próprio corpo, ajuda a reduzir o estresse, aumenta a autoestima e até melhora o desempenho em relações a dois. Afinal, quanto mais você se conhece, mais fácil é se comunicar, mostrar limites, desejos e descobrir novas possibilidades com o(a) parceiro(a).
Além disso, em fases da vida em que o desejo diminui — por conta de estresse, menopausa, rotina, inseguranças —, esse autocuidado íntimo pode reacender a conexão com a própria libido de forma leve, respeitosa e gentil.
Masturbar-se com intenção é um ato de amor-próprio. É escolher cuidar do corpo não apenas com alimentação, exercícios ou skincare, mas também com prazer. É entender que o prazer é um direito, uma necessidade e uma forma de viver mais plena e conectada com quem você é de verdade.
Dica final: reserve um tempo só seu. Sem pressa. Sem culpa. Sem expectativas. Apenas você e seu corpo. Toque com intenção, descubra-se com carinho, e transforme esse momento íntimo em uma poderosa prática de bem-estar.
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